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sábado, 16 de março de 2013

PT e PSDB unidos pra manter a Assembléia Legislativa de São Paulo inoperante

Optar entre PT e PSDB é escolher qual lixo fede menos.

Acho que fedem igual.

Esse trecho mostra como PT e PSDB tornam a Casa inútil:


"Em 2012, mais de 80% dos projetos aprovados pelos deputados tiveram pouca relevância, como a instituição de datas comemorativas. Nos últimos anos, Alckmin vetou quase 90% dos projetos propostos pelos deputados. No momento, constam mais de 600 vetos que ainda não foram votados, e não há nenhuma previsão de que isso vá acontecer. Por outro lado, a esmagadora maioria dos projetos aprovados é de autoria do próprio Palácio dos Bandeirantes.  
A influência do governo também atinge o poder de investigação da Casa. Atualmente, todas as CPIs que estão em funcionamento não afetam o governo e são chamadas de “cosméticas” pela oposição."

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Texto completo:


São Paulo

Com apoio do PT, tucano é eleito presidente da Assembleia de SP

Samuel Moreira recebeu 90 dos 91 votos; PT optou por manter acordo e continuar no comando da poderosa primeira secretaria da Casa

Jean-Philip Struck
O deputado estadual Samuel Moreira
O deputado estadual Samuel Moreira (PSDB), novo presidente da Assembleia paulista (Divulgação/Alesp)


Sem surpresa e com o apoio da bancada do PT, o deputado Samuel Moreira (PSDB) foi eleito na tarde desta sexta-feira para a presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo. O tucano recebeu 90 dos 91 votos dos deputados presentes. A unanimidade foi quebrada pela candidatura do deputado Carlos Giannazi, do PSOL, que, a exemplo de eleições anteriores, votou em si mesmo. Três deputados se ausentaram.
Nas últimas semanas, Moreira, que substituirá o também tucano Barros Munhoz na presidência, se recusou a dar entrevistas para divulgar seu projeto para a Assembleia. Segundo sua assessoria, ele optou por se concentrar em costurar apoios.

Mas, assim como sua eleição era previsível, nenhuma suspresa deverá ocorrer durante seu mandato à frente da Casa. Deputado desde 2006, Moreira foi nos últimos dois anos líder do governo Geraldo Alckmin na Assembleia e deve dar continuidade ao processo que tem marcado o funcionamento da Casa nos últimos dezoito anos: a acomodação com as decisões do Palácio dos Bandeirantes. Além de representar a continuidade, a eleição de Moreira também marca a durabilidade do acordo entre PT e PSDB, que detêm as maiores bancadas na Casa.

Como já havia acontecido em sete das oito eleições nesses últimos dezoito anos, os petistas trocaram o apoio a um tucano na eleição pelo controle da primeira secretaria da Casa, a mais cobiçada por controlar recursos humanos e finanças. Ênio Tatto, irmão do secretário municipal de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, será o sucessor de Rui Falcão na cadeira.
Para a segunda secretaria, responsável pelas licitações da Casa, foi eleito o deputado Edmir Chedid, do DEM.

Histórico - Nascido em Minas Gerais, o novo presidente da Assembleia tem 50 anos e base eleitoral em Registro, cidade de pouco mais de 50.000 habitantes do sul do estado. Eleito deputado em 2006, Moreira havia comandado anteriormente a subprefeitura de São Miguel Paulista, na Zona Leste da capital, durante a gestão do tucano José Serra (2005-2006). Ele assume uma Assembleia marcada por baixa produtividade e uma série de decisões que desmoralizaram a imagem da Casa.

Em janeiro, nas últimas semanas da gestão do presidente Barros Munhoz, o Ministério Público conseguiu uma liminar para acabar com o auxílio-moradia dos deputados, que chegava 2.250 reais mensais. Alguns parlamentares recebiam o privilégio mesmo morando a poucas quadras do prédio da Assembleia. No mesmo mês, a Casa também foi criticada por uma licitação para a compra de novos veículos para os 94 deputados. A licitação levantou suspeitas de direcionamento devido às especificidades apresentadas no edital, que previa a aquisição de 150 veículos apenas três anos após uma compra similar. Alguns dos veículos adquiridos anteriormente seriam trocados com menos de 1.000 quilômetros rodados. Em fevereiro, a licitação foi suspensa indefinidamente.

Morosidade - A imagem pública da Assembleia também sofre críticas de inoperância dos deputados. Em 2012, mais de 80% dos projetos aprovados pelos deputados tiveram pouca relevância, como a instituição de datas comemorativas. Nos últimos anos, Alckmin vetou quase 90% dos projetos propostos pelos deputados. No momento, constam mais de 600 vetos que ainda não foram votados, e não há nenhuma previsão de que isso vá acontecer. Por outro lado, a esmagadora maioria dos projetos aprovados é de autoria do próprio Palácio dos Bandeirantes.

A influência do governo também atinge o poder de investigação da Casa. Atualmente, todas as CPIs que estão em funcionamento não afetam o governo e são chamadas de “cosméticas” pela oposição.

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/tucano-e-eleito-presidente-da-assembleia-de-sp

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